domingo, 11 de julho de 2010
Vacina H1N1 pode dar (FALSO positivo ) em exame para HIV
Segundo agência, falso resultado pode ocorrer após vacinação.
Alteração em anticorpo ‘engana’ teste mais comum realizado no Brasil.
Do G1, em Brasília e no Rio de Janeiro
imprimir
Nota da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revela que as pessoas que tomaram a vacina H1N1, contra a nova gripe, podem ter resultado positivo para HIV mesmo sem ter o vírus que provoca a Aids. Segundo a técnica Lílian Inocêncio, responsável pela área de Laboratórios do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids) do Ministério da Saúde, o falso resultado positivo pode ocorrer até 112 dias após a pessoa ter se vacinado contra a gripe.
O problema já havia sido detectado pela Anvisa em março, mas foi abordado nesta sexta-feira (21) pelo DST/Aids. Na nota de março, a agência dizia que “podem ser obtidos resultados falso-positivos em testes imunoenzimáticos para detecção de anticorpos contra o vírus da Imunodeficiência Humana 1 (HIV 1), o vírus da Hepatite C e, especialmente, HTLV-I, devido à produção de IgM em resposta à vacina contra Influenza A(H1N1)”.
O falso resultado acontece porque a vacina contra a gripe aumenta a produção de um anticorpo, chamado de IgM (o primeiro batalhão de defesa do organismo), que “engana” o Elisa, o teste mais comum feito no Brasil para diagnosticar o vírus da Aids. Essa reação faz o organismo reproduzir uma condição parecida com aquela de quem tem o vírus HIV.
A técnica Lílian Inocêncio disse que o procedimento padrão da rede pública de saúde em casos de resultado positivo para HIV já é fazer a contraprova por meio de outro tipo de exame, o Western Blot, mais caro.
A vacina contra H1N1 não oferece nenhum risco de transmissão de HIV
Segundo ela, não há motivo para pânico. “Ninguém precisa se preocupar porque nenhum paciente vai receber o resultado positivo sem que seja feita a contraprova”, afirmou Lilian. De acordo com ela, nenhum paciente é informado de que tem o vírus HIV sem que seja feita antes a contraprova.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (21) no Rio de Janeiro, o ministro da Saúde José Gomes Temporão alertou sobre o falso resultado positivo.
“Quando acontece esse falso positivo, que são casos raros, qual é a consulta? É muito simples: isso só acontece dentro de 30 dias a partir do momento que a pessoa tomou a vacina. Dando positivo, ela vai refazer esse teste, com um teste mais sofisticado, e esse vai dar, com certeza, se ela é positivo ou não”, afirmou. Ele fez questão de esclarecer que a vacina contra H1N1 não oferece nenhum risco de transmissão de HIV.
Problema incomum, mas sem gravidade
“Não é comum essa reação cruzada, esse encadeamento de falsos-positivos [quando um teste diz que a pessoa está doente, mas ela não tem nada] por geração de anticorpos para vírus tão diferentes, o H1N1 e o HIV”, aponta Edecio Cunha-Neto, chefe do Laboratório de Imunologia Clínica e Alergia da USP.
“No limite, o que acontece com a produção industrial em ritmo acelerado da vacina contra a nova gripe é que, se a quantidade de adjuvantes, os componentes que potencializam a ação da vacina, estiver um pouco acima, pode fazer a resposta imunológica ter uma reatividade cruzada: acabar dando positivo para várias outras coisas.”
“Não tem nenhuma gravidade, do ponto de vista que a pessoa não está realmente infectada, mas a contraprova é importante”, diz Cunha-Neto.
Fonte G1
30 horas Retirado do site da Geisa
CONTINUA A LUTA PELAS
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), Solange Caetano, entregou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no último sábado (10), uma carta com pedido de aprovação e sanção presidencial do PL 2.295/2000 – que regulamenta em 30 horas a jornada de trabalho em enfermagem.
A entrega do documento aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e faz parte de uma grande mobilização em prol da regulamentação da carga horária. Essa reivindicação vem sendo discutida há 55 anos. “Profissionais como médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, técnicos em radiologia tem sua jornada definida entre 20 e 30 horas, já os profissionais de enfermagem não têm qualquer proteção legal específica no exercício de suas atividades”, explica Solange Caetano, presidente do SEESP.
Na carta, o SEESP pede que sejam mantidas conversas com a base e a liderança de governo para a votação e aprovação imediata Projeto de Lei (2.295/2000) visto que o atual governo é tido como popular e democrático. “Senhor Presidente, assim como este governo ficou conhecido como o governo da esperança, nós trabalhadores da enfermagem, dizemos a Vossa Excelência que a nossa esperança está em suas mãos”, diz um trecho do documento.
A carta, assinada pelo presidente da República, será levada para Brasília nesta terça-feira (13) em manifestação pelo Projeto de Lei 2295/2000. Com o ato, os profissionais de enfermagem pretendem que o PL entre na ordem do dia e seja aprovado para ser encaminhado para sanção presidencial até 5 de maio- data limite de acordo com o calendário eleitoral.